SOCIEDADE PROPAGANDA DE CASCAIS
Reconhecida de Utilidade Pública, Decreto-Lei Nº 460/77
Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique
Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Cascais
ANOS
91
Ao serviço de Cascais
A Bem de Cascais desde 1934
HIPÓDROMO MUNICIPAL MANUEL POSSOLO
Vamos ao inicio da História do Hipódromo ,
A Comissão Propaganda de Cascais, fundada a 1934, desde então procurava um local para levar a cabo concursos hípicos, foi em 1936, que a direcção desta Comissão , ao ter conhecimento de uns terrenos existentes numa parte do Parque da Gandarinha, na altura servia de vazadouro da Câmara de Cascais, abordou o proprietário Visconde dos Olivais , que gentilmente, resolveu ceder parte do local provisoriamente.
Com a colaboração da Câmara, e o apoio da Sociedade Hípica Portuguesa, acabou por acolher o primeiro concurso hípico na Vila, organizado por José Florindo de Oliveira, General Boaventura Ferraz, Capitão Silva Reis e Engº. Abreu Nunes, , evento que contou com a presença do então Presidente da República, Marechal Carmona, figura muito ligada a Cascais. As receitas foram a favor da Santa Casa da Misericórdia. O sucedo foi tal, que a Camara viu se no compromisso de arranjar um terreno para fazer um hipódromo, e assim dar continuidade oficialmente aos concursos hípicos em Cascais.
Em 1936, a família Espírito Santo, decidiu urbanizar os terrenos na Gandarinha, com a contrapartida da Câmara, que determinou um lote de terreno, para a construção do hipódromo com dignidade, cedido à Comissão Propaganda de Cascais (Sociedade Propaganda de Cascais), enquanto esta existir.
Entretanto o pinhal a poente, com área de 3984 metros quadrados, foi integrado no Hipódromo, por compra da Câmara, a 12 de Janeiro de 1967, à firma Olisiponense Fomento Urbano pelo valor de 536.800$00. Quanto à área do actual relvado, figurava no cadastro do freguesia de Cascais descrito como ‘terra de semeadura’ denominada “Alto Mendes”, sito no Rio dos Mochos. Poderá ter passado oficialmente para a posse da Câmara em Maio de 1960, sendo-lhe atribuído o valor de 940 contos.
Dada a inexistência de documentos, a Câmara agendou para a reunião de 29 de Julho de 1993 (ponto 19.4), por proposta do vereador João Reixa, a aprovação do protocolo de acordo de cedência do Hipódromo, em regime de direito de superfície, à Sociedade Propaganda de Cascais, por um período de 50 anos, renovável automaticamente por períodos de 10 anos.
Na justificação da sua proposta, o vereador explica que o funcionamento do complexo “vem sendo assegurado de modo efectivo” pela Sociedade Propaganda de Cascais, “a quem foi cedida a sua utilização, há cerca de 50 anos por mero acordo verbal” e que, por isso mesmo, há “interesse de ambas as partes na regularização da situação existente”, tanto mais que a Propaganda “é uma instituição de utilidade pública já distinguida com a medalha de mérito municipal, cuja actuação se tem pautado por um saudável espírito de colaboração com o Município”.
A cerimónia de reinauguração do Hipódromo Municipal Manuel Possolo, em 30 de Abril de 2005, foi conduzida pelo Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Dr. António Capucho, do Presidente da Junta de Turismo da Costa do Estoril, Dr. Nobre Guedes, do presidente da Sociedade Propaganda de Cascais, Sr. Joaquim Aguiar e coube ao diretor desta Sociedade Tenente Afonso Palla, a honra de dar a conhecer um pouco da rica história do então considerado “melhor campo da Europa”.
Começou por sublinhar que o Hipódromo nasceu, como apoio ao cavaleiro internacional e Olímpico D. Domingos de Sousa Coutinho (Marquês do Funchal), a vontade de Manuel Possolo e sob o projecto do Arquitecto Filipe Nobre de Figueiredo.
Depois com as facilidades concedidas pela Autarquia, sobre o leito do rio dos Mochos, foi possível construir as bancadas para o público e uma tribuna para acomodar os convidados de honra.
Em 1949, o equipamento foi beneficiado com piso relvado, em 1953 a SPC conseguiu desenvolver obras de alargamento e arranjo do antigo campo de aquecimento e em 1957, perto das bancadas, construíram-se as boxes de alvenaria .
Manuel Possolo, desportista equestre, que em 1961 foi-lhe atribuída a medalha de mérito desportivo, recebida pelo então presidenta da Republica.
A sociedade associou-se à homenagem de um dos nossos fundadores, entregando-lhe uma placa comemorativa.
Em 1966, por deliberação Camarária, foi dado ao então Hipódromo da Gandarinha o nome de Hipódromo Municipal Manuel Possolo, como reconhecimento do seu extraordinário labor em prol do hipismo de Cascais.
Finais de 1987, o ginásio, Health Club Visconde ( nossos vizinhos junto ao hipódromo), solicitou á C.M.C., cedência de terrenos do Hipódromo, para a realização de dois cortes de ténis, aproximadamente de 2.000 m2, tal proposta foi a reunião de direcção, pois a Sociedade tinha de dar o seu parecer. O Presidente entretanto por motivos de Saúde, enviou carta ao vice-presidente Joaquim Aguiar, pedindo que assuma os deveres estatuários de presidente desta Sociedade, até à próxima Assembleia Geral. Mais tarde, o processo da cedência dos terrenos, já com a nova direcção , foi discutido em reunião com os corpos gerentes, que impugnou tal cedência.
Em 7 de Agosto de 1988 inauguraram-se novas dependências para a Escola de Equitação e o picadeiro, peça fundamental de apoio aos concursos hípicos e à referida Escola com os seus cavalos próprios.
Na já referida reunião camarária de 29 de Julho de 1993, foi deliberado abrir concurso limitado para a iluminação do espaço: quatro torres, no relvado, a pedido da Sociedade, pois faltava luminosidade, na realização de mais eventos. As torres foram inauguradas, com pompa e circunstancia em 1995.
Em 30 de Novembro de 1997 foi inaugurado o picadeiro coberto, um contributo importante da S.P.C, para os alunos da nossa escola de equitação, associações hípicas para deficientes e reabilitação de crianças inadaptadas, para a sua terapia geral.
Em 1996, numa época em que a fórmula “Repensar Cascais” , prometia alterações importantes na Vila e no Concelho, o Hipódromo teve a sua parte interveniente no assunto embora sem consequências imediatas.
Só em 2000 o então Presidente da Câmara Sr.Judas, pretendeu criar um protocolo em que o Hipódromo seria transferido para o Pisão, o campo de râguebi do Dramático, para a Torre.
Depois de muita luta, para não perdermos o espaço que foi entregue a esta Sociedade enquanto exista, com o fim de Hipódromo, foi-nos apresentada nova proposta.
Seria celebrado protocolo entre o Município, a Junta de Turismo, a nossa Sociedade Propaganda de Cascais e o Centro Hípico da Quinta da Marinha, documento que previa a entrega do espaço do Hipódromo à Câmara.
Sob pretexto de esta não dispor “das melhores condições para organizar eventos equestres e a fim de reaver o espaço para lhe dar o uso fixado no PDM” (um condomínio de luxo).
Assim o Hipismo passaria integralmente para a Quinta da Marinha, constituindo as partes envolvidas um Clube Hípico de Cascais, a Sociedade Propaganda de Cascais, depois de muitas reuniões, rejeitou a proposta ficando assim esta sem efeito.
A partir dos "melhoramentos", de 2005 no Hipódromo, esta Sociedade, mantém a realização dos seus concursos hípicos, desde 1936.
A BEM DE CASCAIS desde 1934